domingo, 7 de março de 2010

AMR - Telephone (Lady Gaga & Beyoncé)

Leia também: AMR - Video Phone (Beyoncé & Lady GaGa)
AMR - Telephone (Vídeo-clipe)


Análise: Segundo single do álbum The Fame Monster, de Lady Gaga. Com participação de Beyoncé, alcançou #12US e #30UK.



Acho que Lady Gaga precisa telefonar para seu cabelereiro

———————————————–

Freddie Mercury² + Michael Jackson³ x Cher + David Bowie = Lady Gaga?

Bem, Lady Gaga tem se mostrado uma grande artista mesmo com tão pouco tempo de carreira. Seu talento vocal, no instrumental e em composições mostram uma versatilidade que não é vista facilmente por aí. Não vale citar Madonna ou Nelly Furtado tocando guitarra ou violão usando os acordes básicos dos instrumentos. O negócio aqui é talento mesmo.


Ou seja, as pessoas preferem olhar para os números das vendas de Britney Spears, a capacidade de marketing de Madonna, alguma coisa na Rihanna e esquecem para que serve um artista do ramo. E depois quando aparece uma mulher que toca e canta de verdade mas se veste de maneira extravagante, é tratada com certa indiferença - o visual tapa os ouvidos e fecha a cabeça da patuléia. Do tipo: "é, uma música bem legal, mas você ouviu falar no que ele fez ontem na casa dele? que escândalo!". Jackson sabia bastante o que era isso e Amy Winehouse, bem... Winehouse tá cagando e andando, hauahua.
Agora, sobre a canção em si, "Telephone", produzida por Dark Child (Rodney Jerknis). A canção começa com uma introdução teclada bonitinha que indica uma canção diferente do que se ouve normalmente de Gaga. Depois que se vê o efeito Dark Child na coisa, a pergunta "Se tivesse sido Jerkins o produtor de 'Just Dance'?" parece ser bem esclarecida.


Apesar de ser feita para dançar, "Telephone" parece ser um pouco menos comercial do que o nível normal. Tipo uma "Just Dance" um pouquinho recalcada. Porém, aqui tem energia o bastante para substituir uma usina. O problema é que a batida acaba em cima da base inicial da música como um véu sujo. É como se seu vizinho estivesse ouvindo ópera e você resolvesse ouvir AC/DC no volume máximo. Um acompanhamento mais específico e trabalhado em cima desta base deixaria a canção mais atraente e menos embaralhada.

Ouvi falar que Gaga escreveu essa canção para Britney Spears. Felizmente, por algum motivo que desconheço, acabou não dando certo. Ótimo, pois seria mais uma canção para o lixo.

Beyoncé faz sua participação como se fosse rapper e adivinhe só: ficou legal! Se ela fosse mesmo rapper, teria ficado estúpido. Afinal de contas, ela tem voz pra isso, o que acentuou o projeto tanto do ponto de vista lírico quanto do marketing - a nova musa do pop e a musa gostosa do R&B (fala sério, R&B? O R&B da Beyoncé veio com defeito de fábrica). Agora, imagina só um Lil' Wayne da vida. A parte referente à "poluição" estaria maior ainda. Isso porque a voz dele poderia ser facilmente confundida com o "véu sujo".


Comparando "Telephone" com a desastrada e confusa "Video Phone", não é necessário dizer que o lado Gaga da balança se deu bem. A canção da Beyoncé simplesmente não funciona. É coisa errada demais para se dar algum destaque. Sendo colocados os dois projetos lado a lado então, nem se fala. É como se fosse um filme muito bom que, anos depois, ganha uma sequência que é um lixo. No caso, é o inverso, uma canção ruim que ganha uma "sequência" boa.

No final das contas, "Telephone" é muito boa. Tirando a vontade de Dark Child de fazer barulho (batidas um pouco altas, sobrepondo o ápice) e talvez virar metaleiro, a canção se vira muito bem como um combo com "Bad Romance" assim como foi "Just Dance/Poker Face".
Que venha mais Gaga! Porque o reino pop merece...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comenta